O período de gestação é geralmente um momento que exige atenção e
cuidados por parte da mulher a fim de que se desenvolva de forma tranquila
para ela e o bebê. No entanto, existem circunstâncias que podem causar sérios
problemas para a gestante, como a gravidez ectópica. Entenda como isso
acontece e conheça 5 fatores de risco para esse quadro.


O que é gravidez ectópica?


A gravidez ectópica é uma complicação que surge quando a gestação ocorre
fora do útero. Neste caso, o óvulo fecundado se instala de forma equivocada
em lugares que não são adequados para o seu desenvolvimento. Na maioria
dos casos, isso acontece nas trompas de Falópio (gravidez tubária), mas
também há situações em que o ovo se fixa no ovário, no colo do útero ou até
mesmo na cavidade abdominal.


Em uma gravidez normal, após a fecundação, o óvulo migra pela tuba uterina
em direção ao útero, onde ocorre a implantação desse ovo na parede do
órgão. Nos casos de ectopia, essa migração não se desenvolve da maneira
adequada e o óvulo se aloja em outra estrutura.

Sintomas e tratamentos


Os sinais do problema geralmente passam despercebidos no início da
gestação e podem se manifestar entre a sexta e a oitava semana, como dores
abdominais, mal-estar, náuseas e menstruação irregular. Como alguns desses
sintomas também são comuns em uma gravidez normal, muitas mulheres
acabam por ignorar a complicação.
Neste caso, o diagnóstico é feito a partir da análise dos sintomas clínicos,
exames de ultrassonografia transvaginal associados aos indícios e testes
laboratoriais. Um dos hormônios analisados é o Beta HCG, cuja taxa de
elevação abaixo do normal é um indicativo do problema.
Caso a gravidez ectópica seja confirmada, existem dois tipos de tratamento. O
medicamentoso é indicado nos casos em que o embrião apresenta menos de 4
centímetros e ausência de batimento cardíaco no feto. A droga é administrada
via intramuscular para impedir o desenvolvimento do embrião, que é absorvido
pelo organismo.
A outra forma de tratamento é a cirurgia laparoscópica, cujo objetivo é retirar o
embrião e reparar a região danificada. Caso a trompa esteja seriamente
danificada, o profissional pode também realizar a remoção.
5 fatores de risco para a gravidez ectópica

É importante frisar que a gravidez ectópica pode acontecer com qualquer
mulher, mas existem fatores de riscos que aumentam as chances de que isso
ocorra fora do útero e causem problemas de saúde. Os mais comuns são:
Problemas prévios nas trompas.


Caso a mulher já tenha tido lesão estrutural, inflamação ou infecção nas
trompas, o risco aumenta. Além disso, intervenções cirúrgicas ou problemas na
ligadura dessa região também são fatores de risco.

Uso incorreto do DIU
O dispositivo intrauterino é um método contraceptivo comum entre mulheres.
Nesse caso, é o uso incorreto do DIU que contribui para a ocorrência do
problema.

Gravidez ectópica prévia
Se a mulher já teve o problema anteriormente, a chance de desenvolver outra
gravidez do tipo é maior em uma nova tentativa. Por isso, é essencial o
acompanhamento médico.


Doença inflamatória pélvica
Esse tipo é causado com mais frequência por doenças sexualmente
transmissíveis, como clamídia ou gonorreia, que podem deixar lesões e
cicatrizes nas tubas.

Tabagismo
Caso a mulher seja fumante, isso aumenta as chances de problemas durante o
processo de gestação, entre eles, a gravidez ectópica.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que
você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre
este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho
como ginecologista em São Paulo.

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